Do sonho para o real
Em 1998, plantamos uma semente que germinaria com muitas dificuldades vinte anos depois. Nesse ano, um grupo de professoras, dirigentes do Centro Municipal de Professores (CMP – associação) propôs em assembleia da categoria a mudança do estatuto da entidade. Faz-se necessário lembrar nomes da referida direção: Marta de Fátima Borba, Marta Silvana Pereira, Maria Arlete Pereira, Maria Salete Roman, Rosane Colussi, LoreteFocchi, AnabelTessaro.
O novo estatuto foi aprovado. Previa, principalmente, um novo objetivo para a entidade que passou a defender os direitos da categoria e com uma postura solidária aos demais trabalhadores e duas demandas. A entidade associativa passou de direção presidencialista para direção colegiada. O Brasil vivia a primeira década da redemocratização. Nesse contexto, os professores municipais foram protagonistas de muitas ações. CMP promoveu eventos festivos, seminários, palestras com temáticas conjunturais, sendo a principal temática o neoliberalismo e suas consequências para a classe trabalhadora.
Em duas décadas, o Centro Municipal de Professores participou de muitas lutas, de conquistas e de perdas. Participou de campanhas salariais. Fez greves. Foi reconhecido e, por vezes, não foi reconhecido pelos prefeitos como entidade representativa.
Mas a entidade se fortalecia pela união e a persistência da categoria de professores. Ressaltam-se as lutas unificadas com demais sindicatos: CPERGS, Sinpro, Sindicato dos Comerciários, dos Bancários, da Saúde, dos Metalúrgicos. Com essa parceria, o CMP Sindicato ia aos poucos se “materializando”.
Enfim, quando a legislação permitiu o desmembrar do Sindicato dos Municipários (Simpasso), o sonho tornou-se realidade. E, como toda realidade requer responsabilidade, eis ai o CMP – Sindicato, o sindicato de lutas. Fortalecido pela carta sindical, pela garra dos atuais dirigentes e pela confiança dos professores municipais.
Como escreveu o poeta Thiago de Mello: Não há caminho novo, o que há de novo é o jeito de caminhar. Caminharemos sem soltar a mão de ninguém. O momento conjuntural brasileiro requer.
Boas lutas.
“Não me ensinaram a desistir.
Sou flor que nasce das impossibilidades.”