Formação Continuada Vivências Docentes encerra mais um semestre
Na noite da última quarta-feira encerraram as atividades do segundo semestre do Projeto de Formação Continuada Vivências Docentes, Idealizado pelas professoras Sindi Bones Böttker e Ana Lúcia Kapczynski e realizado pelo Sindicato dos Professores Municipais de Passo Fundo (CMP Sindicato).
O curso fundamentou-se em torno das reflexões sobre a formação humana dos sujeitos da Educação Básica, com ênfase na constituição do “eu-docente” diante dos desafios que a escola pública apresenta. Parte da leitura do contexto amplo da sociedade que incidem nos modos de educar nos dias de hoje, discute sobre o cotidiano da sala de aula (no segundo momento) e finaliza com um olhar introspectivo acerca dos modos com os quais nos constituímos enquanto profissionais da educação.
A proposta trouxe um formato diferenciado de outras formações de professores. A proposta dialógica permitiu que os professores participassem diretamente das discussões, tomando o espaço de fala, contribuindo com suas experiências e práticas pedagógicas. Para Sindi Bones essa participação direta de diálogo entre palestrantes e grupo colaborou para que os próprios colegas se tornassem os protagonistas das discussões, ocasionando momentos em que teoria e prática se encontravam, promovendo importantes reflexões, indagações e inquietações.
“Os temas abordados pelos palestrantes no decorrer do semestre foram pertinentes à prática docente. Assuntos relevantes, como por exemplo, gênero e relações étnico-raciais, são questões raras vezes discutidas em espaços formais entre professores. Foi gratificante ajudar a proporcionar esses momentos e percebo o quão importante é discutir sobre estas e outras temáticas do cotidiano docente,” afirma a professora.
Ana Lúcia Kapczynski destaca, ainda, que o ponto auge do projeto de formação continuada Vivências Docentes foi a experiência da práxis educacional, a produção de novos conhecimentos testados pelos saberes provindos das práticas docentes, ou seja, resultantes do confronto das teorias produzidas na academia e das políticas educacionais com as realidades escolares.
“Tendo em vista que a pesquisa em educação tende a ser realizada por intelectuais que não possuem vínculo orgânico com a Educação Básica, as reflexões que permearam os diversos temas estudados representaram uma oportunidade significativa de revisar as teorias educacionais e conversar sobre temas que pouco são abordados nos cursos de formação continuada como gênero, relações étnico-raciais, educação inclusiva e políticas educacionais,” destaca Ana.