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ARTIGOS

Tempo do professor e o professor no tempo

Somos sujeitos aprendentes da vida, do tempo e do conhecimento. Em especial, educadores e educadoras, perguntamos sobre o nosso tempo, sendo desafiados a nos situarmos no nosso momento histórico. Surgem inevitáveis perguntas: como ocupamos nosso tempo? Qual é o tempo que temos para a gente mesmo quando precisamos trabalhar quarenta ou sessenta horas semanais? No ritmo e na intensidade de nosso trabalho, conseguimos compreender que os diferentes ritmos de aprendizagem de nossos educandos sugerem tempos de intervenção diferentes de nossa parte?

Sabemos da responsabilidade de educar que a comunidade deposita na gente. Demonstramos, sempre, nossa disposição de empreenderemos nosso melhor tempo e nossas melhores energias para desabrochar das potencialidades e habilidades de nossas crianças, adolescentes e jovens. E temos a responsabilidade de fazer a aprendizagem acontecer, porque nós somos os especialistas da educação. Para tanto, desejamos reafirmar nossos compromissos, cobrando dos gestores da educação os meios e apoios que necessitamos para darmos conta deles.

Estamos dispostos e motivados a colaborar com propostas políticas e pedagógicas que resgatem a dignidade da nossa profissão. Todos os dias somos convidados para re-fazer a nossa opção pela profissão que escolhemos, pois “educar é nossa vida, lutar é a nossa atitude”.

A aprendizagem é um direito de todos e a escola pública deve permitir o acesso ao conhecimento com qualidade social. Para tanto, precisamos recuperar e modernizar as estruturas físicas de nossas escolas para inspirar dignidade dos educadores e dos educandos; adotar princípios do acolhimento, do cuidado e da inclusão como os pilares para a construção de um novo senso comum sobre os sujeitos da escola pública e da aprendizagem. A democratização, a participação e a formação dos professores serão as alavancas para a qualidade do ensino público da rede municipal de Passo Fundo.

A partir das práticas e diversidades cotidianas de nossa escola, fortaleceremos a dimensão desejante do aprender e do ensinar. “É preciso resgatar o desejo e o prazer de ensinar dos professores, assim como o desejo de aprender dos alunos” (Ginez L. R. de Campos, professor UPF)

Vivemos tempos em que é necessário afirmar dignidade e buscar reconhecimento social. Desejamos alcançar realização, com qualidade de vida. Não esperamos  nenhuma fórmula mágica, mas esperamos que seja feita pela educação aquilo que realmente precisa ser feito. Desejam um tempo de trocas, tempo para estudar, tempo para refletir e repensar as suas práticas. O tempo, mais uma vez, para além de um desejo, é uma necessidade para re-colocar o papel do professor em nosso tempo histórico. Como disse Felipe Biasus, na tentativa de nos motivar: “acreditar é preciso/buscar o sonho é fundamental/estar ciente da frustração é necessário”.

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