Propostas do novo presidente para a educação
No último domingo (28) milhares foram às urnas exercer seu direito ao voto. Com 55% dos votos o candidato do PSL Jair Bolsonaro foi eleito o 38º presidente do Brasil, devendo assumir em primeiro de janeiro de 2019. Fernando Haddad, do PT, fez aproximadamente 44% dos votos.
Sendo o maior percentual desde 1989, votos nulos chegaram a 7,4% do total do segundo turno, aumento de 60% em relação à eleição de 2014. Mais de 42 milhões de pessoas não escolherem nenhum dos dois candidatos. Já os votos brancos somaram 2,4 milhões, ou 2,1%, neste 2º turno e 31,3 millhões de eleitores não compareceram às urnas, o equivalente a 21,3% total.
Somando os votos nulos e brancos com as abstenções é possível afirmar que um terço da população brasileira não escolheu nenhum dos candidatos, atingindo um contingente de mais de 42,1 milhões de eleitores.
Com discurso simplista e conservador o candidato de extrema direita fez cerca de 60% dos votos de Passo Fundo, onde contou com apoio declarado não só do prefeito da cidade, Luciano Azevedo, como da maioria da bancada de vereadores.
O QUE ESPERAR
Em seu plano de governo Jair Bolsonaro diz que “um salto de qualidade na educação com ênfase na infantil, básica e técnica, sem doutrinar” e não deixa de citar o incentivo ao empreendedorismo. Diz ainda que deve mudar o conteúdo e os métodos de ensino: “Mais matemática, ciências e português sem doutrinação e sexualização precoce.”
Diz que pretende fazer mais com os atuais recursos o plano de governo e fomentar uma qualificação crescente dos professores, mas não aponta de que maneira isso deve acontecer. Propõe alterações na Base Nacional Comum Curricular aponta revisar e modernizar o conteúdo, desde a alfabetização, “expurgando a ideologia de Paulo Freire.”
Em suas propostas para a educação do país Bolsonaro e sua equipe afirmam que em dois anos terá um colégio militar em todas as capitais do país e que a educação a distância deve ser vista como um importante instrumento, e não vetada de forma dogmática, dando prioridade à educação básica e ao ensino médio/técnico sendo “alternativa para as áreas rurais onde as grandes distâncias dificultam ou impedem aulas presenciais.”
Dentre as propostas ainda estão fomentar o empreendedorismo “para que o jovem saia da faculdade pensando em abrir uma empresa” e impedir a “aprovação automática.” Ainda que universidades devem gerar avanços técnicos, desenvolver novos produtos por meio de parcerias e pesquisas com a iniciativa privada, fomentando o empreendedorismo na universidade.
Evoluindo, por fim, para uma estratégia de integração entre entes federativos e universidades públicas e privadas. “Quanto antes nossas crianças aprenderem a gostar de estudar, maior será seu sucesso”.