Educadores vão as ruas em pedido da imunização dos profissionais da educação
A carreata aconteceu no domingo (18) e contou com a presença de professores, sindicalistas, trabalhadores e apoiadores da causa
Na manhã de domingo (18), professores, representantes sindicalistas e trabalhadores realizaram carreata em apelo a vacinação dos profissionais da educação. A atividade foi organizada em conjunto pelo CMP Sindicato, Sintee, Simpasso, CPERS e Sinpro, com concentração no trevo da caravela e ponto de chegada na Prefeitura.
Para Orlando Marcelino, professor da rede estadual e diretor geral do sétimo núcleo do CPERS, a mobilização pela vacina é fundamental. “Nós não estamos mais na mesma situação de pandemia que vivíamos ano passado. Hoje, para termos segurança e para que as mortes regridam, não podemos voltar a aula presencial sem profissionais e estudantes vacinados”.
Melhores condições para professores, vacina para o setor educacional e para todos, essa é a razão de Loreni Farias ter feito parte da movimentação de domingo. “Os professores estão trabalhando dobrado, e passando por muitas pressões com as aulas online. Para podermos voltar ao presencial, a vacina para a educação deve ser prioridade”, relata a professora do estado.
De acordo com Geniane Dutra, professora e diretora do CMP Sindicato, mesmo com as adversidades, os professores nunca deixaram de fazer seu trabalho. “O ato vêm para mostrar que a educação está unida e disposta a lutar pela vacinação de todos. Queremos o retorno presencial, mas de forma segura.”
Representantes políticos do munícipio também integraram a carreata em apoio a imunização. A professora e vereadora Regina Costa dos Santos (PDT), vereadora mais votada de Passo Fundo, entende que os educadores estão sofrendo com as imposições de retorno as atividades presenciais, uma cobrança realizada sem que os requisitos de segurança adequados existam. “Até o presente momento, as escolas não receberam equipamento para qualquer possível retorno. Antes de pressionar para a volta, é preciso que esses profissionais tenham condições seguras para trabalhar no modelo presencial.”
Segundo Lisene Maroso, professora da rede particular e diretora do Sinpro, a dificuldade é ainda maior para a educação infantil. Quando se trata do cuidado com crianças, o contato mais próximo é um risco para os alunos, pais e educadores. “Precisamos estar imunizados para que possamos atender os cerca de 30 alunos que estão nas nossas salas de aula. A vacina para nossos profissionais é urgente.”
Para Arthur Bispo, cobrador de ônibus e candidato a prefeitura do município em 2020 pelo PSTU, a vacina é uma pauta que unifica todos os setores. “Precisamos ter vacinação em massa. Qualquer ação que vá contra essa onda de negacionismo e defenda a imunização é importante para nos fortalecer. Para que a área da educação – incluindo os estudantes – seja vacinada é preciso fazer pressão, por isso estamos aqui hoje.”