Negociação salarial acontece pela primeira vez com o Sindicato dos Professores Municipais

Tratativas iniciaram no final de fevereiro: confira a pauta de reivindicações da categoria

O Sindicato dos Professores Municipais de Passo Fundo (CMP Sindicato) e a Prefeitura Municipal deram início, nesta segunda-feira (25), às negociações envolvendo a reposição salarial dos professores da rede municipal de ensino.

O prefeito Luciano Azevedo destacou que este é um momento histórico, já que pela primeira vez o magistério municipal estará presente na mesa de negociações representado pelo sindicato exclusivo da categoria, o CMP Sindicato. Azevedo salientou o compromisso da sua gestão em honrar um salário dos servidores, mesmo diante dos anos de crise econômica.

Os dirigentes do sindicato, Tiago Machado, Regina Costa dos Santos, Eduardo Albuquerque e Altair Follador, destacaram que pretendem fazer dessa discussão uma construção coletiva e que acreditam que neste ano é possível avançar na pauta de reivindicações da categoria, que traz outros itens além do percentual.

Além do prefeito Luciano, estiveram presentes na reunião os procuradores Adolfo de Freitas e Julio Severo, a secretária de Administração, Marlise Soares, a secretária adjunta de Administração, Eliana De Zorzi e o secretário de Captação de Recursos, Diorges Oliveira, que formam a Comissão de Negociação. A próxima reunião entre sindicato e comissão acontece na tarde do dia 8 de março.

Na oportunidade o Sindicato dos Professores Municipais de Passo Fundo -CMP Sindicato- entregou ao Executivo Municipal um ofício em que aponta as solicitações do magistério municipal para a negociação salarial 2019 deliberadas em Assembleia da categoria realizada no dia 24 de janeiro de 2019.

Os professores deliberaram pelo índice dado ao magistério a nível nacional, acrescido das perdas de janeiro, fevereiro e março, que ficou estabelecido em 8,92% sendo repassado para os salários dos docentes e 10% para o vale alimentação. A categoria rejeitou qualquer forma de pagamento na forma de completivo ou outra verba suplementar. Os docentes ainda apontaram:

-Que seja incluído na negociação a pauta de reivindicações do magistério municipal que solicita um cronograma de pagamento das promoções da educação infantil;

-Devolução dos dias descontados, uma vez, que todas as escolas recuperaram os dias e horas letivas, garantido o ano letivo;

-Adequação da data base para janeiro, como determina a lei nº11.738 e o Plano Municipal de Educação;

-Criação de bolsa de estudos para mestrado e doutorado. Projeto entregue ao executivo ainda em 2016;

-Criação de um plano de isonomia salarial do professor municipal com os demais servidores com a mesma graduação, conforme instituído no PNE, PEE e PME;

-Reconhecimento financeiro para os cursos de mestrado e doutorado; que se assegure que a promoção de nível seja automática, para professores que apresentarem titulação na área da educação;

-Adequar a redação do plano de carreira do magistério da hora-atividade de 20% para 33% da carga horária do professor; assegurar aos professores o pagamento do vale transporte em pecúnia no valor integral do benefício para aquele educador que fizer a opção por este sistema;

-Incorporar ao salário o regime especial de 10 horas; a criação de cargos de vice direção, coordenação e secretário para educação infantil;

-Revisão no sistema de progressão com a redução do tempo entre algumas letras (G até a K), garantindo um ganho maior para cada mudança de letra e a garantia da gratificação para vice-diretor, orientador e coordenador pedagógico;

-Retomar as negociações sobre o pagamento integral do ticket alimentação aos professores inativos.

Por fim a entidade destacou que está aberta ao diálogo e ansiosa pelo início das tratativas, dispondo a para contribuir no processo de negociação.

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